O Presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou que a acusação de que o seu regime teria feito um ataque químico é “100 por cento fabricado” e serviu de "pretexto" para justificar os ataques americanos contra o exército sírio”
Em entrevista exclusiva à agência France Presse, em Damasco, nesta quinta-feira, 13, a primeira desde o ataque químico, Assad acusou “o Ocidente, principalmente os Estados Unidos, de ser cúmplice dos terroristas e que montou essas história para servir de pretexto para o ataque".
Assad negou qualquer envolvimento no ataque, argumentando que seu regime não possui armas químicas desde 2013.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos revelou que 87 pessoas (entre elas 31 crianças) morreram e cerca de 200 ficaram feridas ou apresentaram problemas respiratórios após o ataque no dia 4 em Khan Sheikhun, no norte da Síria.
Os Estados Unidos atribuem o ataque ao Governo sírio e, por isso, resolveu bombardear a base militar síria, de onde teriam partido os mísseis.
O bombardeamento americano provocou um aumento da tensão nas relações americanas com a Rússia, principal aliada do regime sírio.
Cientistas britânicos encontraram indícios de gás sarin ou substância semelhante no ataque, segundo relato feito pelo embaixador da Grã-Bretanha na Organização das Nações Unidas (ONU), Matthew Rycroft, ao Conselho de Segurança da Instituição.
A Turquia já tinha encontrado indícios da substância na autópsia de corpos vindos de Khan Sheikhun.
Na quarta-feira, 12, o Governo russo vetou uma resolução proposta pelos Estados Unidos, Reino Unido e França no Conselho de Segurança das Nações Unidas, que condenava o regime sírio e pedia uma investigação internacional ao ataque do passado 4 de Abril.