Um memorandum de entendimento para apoiar o desenvolvimento do Corredor de Lobito, na província angolana de Benguela, e a linha férrea da Zâmbia, foi assinado nesta quinta-feira, 26, pelo Banco de Desenvolvimento Africano (BDA) e a Corporação de Financiamento para África (AFC, nas siglas em inglês), juntando-se assim aos Estados Unidos e à União Europeia no apoio àquelas infraestruturas que vão beneficiar também a Zâmbia e a República Democrática do Congo (RDC).
O documento, rubricado em Bruxelas à margem do fórum Global Gateway, detalha as intenções das entidades signatárias em colaborar em vários setores no desenvolvimento daquele dois projetos já aprovados e assinados pelos governos de Angola, RDC, Zâmbia, Estados Unidos e tambem pela União Europeia.
Um porta-voz do Departamento de Estado americano disse que a ligação do noroeste da Zâmbia à linha férrea e porto de Lobito representa a maior infraestrutura de transportes que os Estados Unidos ajudam a desenvolver no continente africano e vai fortalecer o comércio regional e o crescimento económico, bem como fazer avançar a visão comum de uma linha de caminhos-de-ferro de livre acesso, que vai ligar o oceano Atlântico ao oceano Índico.
A mesma fonte acrescentou que a AFC irá trabalhar com todas as partes para iniciar os estudos preparatórios e de viabilidade necessários ao início do projeto, que deverá estar concluído até ao final do ano.
O ministro da Coordenaçao Económica de Angola, José de Lima Massano, esteve presente na cerimónia de asinatura do memorando.
A 13 de Setembro, a coordenadora especial interina da Parceria para o Investimento Global em Infraestruturas (PGI) do Departamento de Estado americano reiterou o engajamento de Washington na expansão do Corredor de Lobito e revelou que o seu Governo já investiu "cerca de mil milhões de dólares só em Angola para começar a fazer parte deste trabalho".
Helaina Matza disse na altura que "continuaremos a expandir o que essa oferta implica em vários setores".
Duas antes, num comunicado conjunto, os Estados Unidos da América e a União Europeia UE) saudaram o compromisso de Angola, da Zâmbia e da RDC, anunciado em Nova Deli, à margem da Cimeira do G20, em desenvolver o Corredor do Lobito.
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