A directora-geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), de Moçambique, Augusta Maita, diz-se preocupada com o aumento do número de pessoas que se queixam de desvio de alimentos e outros bens destinados às vítimas do ciclone Idai, que se abateu sobre a zona centro de Moçambique.
A forma pouco transparente como tem sido feita a distribuição de alimentos é apontada como sendo o ponto fraco do processo de assistência às pessoas necessitadas.
O Chefe de Estado , Filipe Nyusi, ciente desta fraqueza, ordenou que fosse identificado um parceiro internacional, para trabalhar com o INGC na gestão dos bens da solidariedade nacional e estrangeira.
Esta foi a resposta ao cepticismo de muitas pessoas relativamente à gestão da ajuda recebida, tanto em dinheiro como em espécie.
Augusta Maita reconhece haver muitas queixas de má gestão, mas diz que as pessoas devem apresentar provas.
"Ajudem-nos a monitorar, ajudem-nos a controlar e a vigiar, e dêm-nos informação concreta sobre esses casos, para nós podermos agir; neste processo, naturalmente, algumas coisas que não estão ao nosso alcance, podem acontecer", admitiu a directora-geral do INGC.
Maita afirmou que INGC reforçou o sistema de monitoria do processo de distribuição de produtos pelas pessoas necessitadas.
Ela também realçou que, tendo em conta o facto de se estar em fase de assistência alimentar, o INGC entende que o Programa Mundial de Alimentação (PMA) tem melhores condições para apoiar a instituição neste processo.
Entretanto, o secretário-geral da Frelimo, Roque Silva, advertiu que "aqueles que meterem a mão naquilo que as organizações e pessoas de bem estão a doar para mitigar o sofrimento da população, serão levados a tribunal e punidos exemplarmente".
Vários relatos têm dado conta de roubo de bens destinados às vítimas do ciclone Idai, mas ainda não foram feitas detenções relacionadas com esta situação.
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