As autoridades sanitárias cabo-verdianas estão seriamente empenhadas no combate ao “vírus zika” que já infectou mais de quatro mil pessoas, entre elas 20 grávidas.
A Direção Nacional de Saúde garante que o trabalho multi-sectorial levado a cabo tem produzido resultados positivos, já que nos últimos dias, houve uma redução significativa de casos.
Tomás Valdez disse à VOA que os primeiros casos surgiram em Cabo Verde, no momento em que se registavam surtos da doença no Brasil e no Senegal, países que possuem fortes ligações com o arquipélago.
“Os primeiros passos foram no sentido de reforçar a preparação dos profissionais de saúde, a fim de os mesmos reconhecerem os sinais e sintomas, para se fazer o devido tratamento”, explicou o director nacional de Saúde.
Valdez destacou sem necessário “passar informações úteis às pessoas para evitar situações de pânico” e realçou o trabalho desenvolvido pelos meios de comunicação social.
Quanto às gravidas, Tomás Valdez afirma que aquelas que contraíram o zica já foram identificadas e estão a ser devidamente acompanhadas pelos técnicos de saúde durante a fase do pré-natal, parto e após o nascimento do bebé.
As estruturas sanitárias do país estão orientadas para fazer o devido seguimento e notificar possíveis casos, mas de momento, Tomás Valdez garante que “não se regista nenhum caso de microcefalia”.
Aquele responsável acredita a capacidade dos médicos, enfermeiros e outros técnicos, bem como “na existência de estruturas de saúde próximas das populações, como recursos de excelência para combater a epidemia”.
Quanto a medidas tomadas para evitar a entrada da febre amarela de Angola, que tem dois voos semanais para Cabo Verde, Tomás Valdez garante que há um reforço do controlo sanitário no Aeroporto Internacional Nélson Mandela, que recebe voos da transportadora aérea angolana.