O Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Angola revelou não ter indícios de que o cidadão libanês Amim Bakri, morto a 1 de Janeiro, tenha sido assassinado pelo Mossad, o serviço secreto israelita como denunciou o Presidente daquele país.
Michel Aoun foi citado pelo jornal The Daily Star, na sua edição do passado dia 5, como tendo pedido investigações sobre o crime “porque o Mossad, a inteligência israelita, está por trás desse ataque, por isso é importante confirmar a exatidão disso”, segundo o ministro libanês da Informação Melhem Riachi.
Nem Aoun nem o ministro da Informação avançaram mais detalhes.
A mesma fonte informou que o ministro dos Negócios Estrangeiros e o cônsul do país em Angola, Mohammad Nisr, estavam a acompanhar o caso.
Em comunicado divulgado na noite desta terça-feira, 10, o SIC revelou que ao tomar conhecimento da informação pela imprensa, os órgãos policiais vocacionados para o efeito tomaram todas as medidas legalmente previstas para o efeito, tendo instaurado o competente processo-crime que corre os seus trâmites.
“Não havendo de momento quaisquer indícios que sustentem o teor das notícias veiculadas pelos órgãos de imprensa, sem prejuízo do respeito do princípio da preservação do segredo de justiça, o Serviço de Investigação Criminal manterá informada a opinião pública nacional e internacional sobre o desenvolvimento do processo em curso”, lê-se na nota.
Amine Bakri, natural de Seer al-Gharbyeh, no sul do Líbano, foi morto a tiros quando assaltantes abriram fogo contra ele perto do seu local de trabalho no dia de Ano Novo, na capital angolana, Luanda.
Ele viria a morrer depois no hospital.
O The Daily Star indicou que o corpo de Bakri foi repatriado para o Líbano e que a família manifestou o desejo de que seja enterrado na cidade sagrada xiita de Najaf, no Iraque.