A Polícia angolana indicou estar a investigar a morte de um cidadão libanês de 56 anos, identificado como Amine Bakri, baleado no domingo, 1, em Luanda.
A responsabilidade da morte de Bakri foi atribuída ao Mossad, o serviço secreto israelita, pelo Presidente do Líbano, Michel Aoun, citado pelo jornal The Daily Star, na sua edição desta quinta-feira, 5.
Numa breve conversa telefónica com a VOA, o porta-voz do comando da Polícia Nacional em Luanda, Mateus Rodrigues, confirmou que “as investigações continuam”, mas que não podia avançar mais detalhes.
"O Presidente pediu investigações sobre o crime porque o Mossad, a inteligência israelita, está por trás desse ataque, por isso é importante confirmar a exatidão disso", disse o ministro libanês da Informação Melhem Riachi aos jornalistas, conforme aquele jornal.
Nem Aoun nem o ministro da Informação avançaram mais detalhes.
A mesma fonte informou que o ministro dos Negócios Estrangeiros e o cônsul do país em Angola, Mohammad Nisr, estão a acompanhar o caso.
Amine Bakri, natural de Seer al-Gharbyeh, no sul do Líbano, foi morto a tiros quando assaltantes abriram fogo contra ele perto de seu local de trabalho no dia de Ano Novo, na capital angolana, Luanda.
Ele viria a morrer depois no hospital.
O The Daily Star indicou que o corpo de Bakri foi repatriado hoje e que a família manifestou o desejo de que seja enterrado na cidade sagrada xiita de Najaf, no Iraque.
Uma delegação do Movimento Amal ofereceu ontem condolências à família de Bakri em Bir Hasan.
Sadek Awwad, responsável pelo Desenvolvimento Educacional do Movimento, que chefiou a delegação, disse que Bakri “como muitos outros expatriados libaneses que dedicam as suas vidas à sua pátria e ao país de acolhimento, trabalhando de forma honesta para ganhar a vida, perderam a vida fazendo isso", citado pela agência estatal de notícias do Líbano.
Em Angola vivem milhares de libaneses, sobretudo pequenos comerciantes que aí se estabeleceram e formaram uma das mais prósperas comunidades de imigrantes.