A instalação das autarquias em Angola em 2020 continua a provocar debates em vários lugares do país e a diferentes níveis.
No Lubango, a Acção de Desenvolvimento Rural e Ambiente, (ADRA), organização que há muito vem defendendo a implementação do poder local, alerta que a institucionalização das autarquias deverá ter em conta todos os aspectos que concorrem para tal como o aprofundamento da democracia e a possibilidade de partilha de poder.
O director-geral da ADRA, Belarmino Jelembi, afirmou que o contexto de Angola aconselha que implementação do poder autárquico seja acompanhada de um compromisso político profundo de redistribuição da riqueza.
"A criação dos órgãos autárquicos tem que estar acompanhada de um compromisso político muito profundo de redistribuição da riqueza para que os programa de desenvolvimento essenciais efectivamente sejam transferidos para a tutela dos municípios»", defendeu Jalembi.
A região sul de Angola, vítima do êxodo rural, vê todos os anos partir para a capital do país dezenas de jovens em busca de melhores oportunidades de emprego.
Para Belarmino Jelembi "as autarquias têm que nos ajudar a instaurar um modelo de governação que permita a economia funcionar melhor porque é a economia que vai gerar postos de trabalho".