As mortes por afogamento estão a preocupar os serviços de protecção civil e bombeiros na província da Huíla.
Entre Janeiro e Junho do corrente ano 26 pessoas morreram vítimas do fenómeno. O período é descrito como tendo sido nefasto pela instituição, uma vez que o fenómeno nunca tinha deixado tão preocupado como hoje os órgãos de protecção civil e bombeiros.
Os rios, lagoas, barragens e cacimbas são as áreas onde mais ocorreram as mortes.
A falta de zonas balneares devidamente identificadas e protegidas estará na origem do fenómeno que leva muitos jovens em momentos de lazer a mergulharem nas águas que se encontram com todos os riscos inerentes.
Para as mortes em cacimbas - fontes de água de consumo para muitas famílias - é apontada a negligência familiar.
O comandante dos serviços de protecção civil e bombeiros da Huíla, superintendente José Pedro Catraio, fez saber que para prevenir novas mortes e à semelhança do que acontece na zona litoral, será implementado no interior o projecto "praias seguras".
“Temos que expandir o projecto de praias seguras para as zonas de banho”, disse.
Para a gestão das cacimbas onde as principais vítimas são as crianças, tem sido levado a cabo um trabalho de sensibilização junto das populações, segundo os serviços de protecção civil e bombeiros.
“Nós precisamos reunir com a população, precisamos cultivar a mente das pessoas de que as cacimbas devem sim ser feitas”, concluiu.