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Ativistas detidos no Cafunfo por “lerem estatutos” de movimento pró autonomia das Lundas


Foto de arquivo
Foto de arquivo

As autoridades angolanas prenderam, no Cafunfo, dois ativistas do Movimento do Protectorado da Lunda-Tchokwé por, segundo disse a organização, estarem a ler os estatutos da mesma.

Os detidos, Filipe Mutunda, secretário da Juventude Patriótica da Lunda e o seu adjunto, Cláudio Manuel Muatxinganji, ainda não foram apresentados ao Ministério Público.

Segundo o secretário-geral do Movimento do Protetorado da Lunda-Tchokwé (MPLT), Fiel Muaku, que avançou a denúncia à VOA, a detenção foi executada sem a apresentação de um mandado de detenção.

“Encontravam-se no interior de uma casa, revisando o estatuto daquela organização. Levaram consigo também todas as pertenças daquela casa, carregando-as no 113 até à esquadra quatro de Cafunfo”, disse.

O advogado Zola Ferreira Bambi diz que se trata de mais um caso de prisões arbitrárias e disse existiram agira em Angola mais de 400 presos políticos em todo o país.

“O número é alarmante. De presos políticos, neste momento, devemos estar acima dos 400”, disse acrescentando que “nada justifica a detenção dos dois ativistas”.

Para além disso, se há buscas num espaço privado “ou há um flagrante delito, ou então tem que haver com um mandato”, disse.

O causídico que já que recorreu e exige a soltura dos dois ativistas alerta para o contínuo abuso de poder por parte das autoridades angolanas.

A VOA voltou a contactar o porta-voz do SIC, Manuel Alaiwa que prometeu-nos se pronunciar a qualquer momento.

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