A música “Nossa Angola” tem um ritmo alegre, é patriótica e faz crítica social.
Começa com uma homenagem aos angolanos que lutaram no dia 4 de Fevereiro de 1961. “Graças aos esforços deles temos o país que hoje temos,” diz o kudurista.
Logo em seguida vem o refrão: “Papa hoje é nossa Angola. Mamã hoje é nossa Angolê. Papa hoje é nossa Angola. Olha! Olha!”
O presidente João Lourenço, “chamado de pai,” também é citado. Para muitos ele significa mudança e esperança. “João Lourenço em ti o povo clama. Por favor nos tira da lama. Oriente dos ovimbundo. Angola é rica demais para ser uma potência no mundo”.
O artista não “tapa o sol com a peneira” em “Nossa Angola” e fala sobre o cotidiano e a infelicidade do povo angolano. “O sofrimento nos cobriu. O país é rico. A riqueza o povo nunca viu.”
Em outro trecho menciona os jovens desempregados, o alto número de crianças que morrem no país e a corrupção no serviço público.
“Eu estou malaique, sofrimento é bué. Jovens desempregados aqui têm bué. Está bem difícil se contentar. Dia a dia sempre a lamentar. As pessoas pensam em se matar. Pergunta ao Sindónio ou a Lembinha. As crianças morrem tipo galinha. Na função pública o roubo é bué. Funcionários incompetentes tem bué…”
Na última parte da música o artista enumera os partidos mais importantes de Angola, assim como os seus líderes. Isabel dos Santos, Coréon Dú e Tchizé dos Santos, além do antigo presidente José Eduardo dos Santos também são citados. Bruno Vaidade não esqueceu Bento Kangamba.
Vários outros artistas e músicos renomados são mencionados, assim como jornalistas e antigo combatentes. Antes do último refrão temos: “Eu sou Calabeto e o cota Bangão. Eu sou Yannick e o Lulas da Paixão. Eu sou Mantorras e o Mateus Galiano. Resumindo e concluindo, eu sou angolano.”
Confira a entrevista na íntegra.
Videoclipe “Nossa Angola”