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Brasil: Dilma deu conta do recado, dizem analistas


Brasil: Dilma deu conta do recado, dizem analistas
Brasil: Dilma deu conta do recado, dizem analistas

Presidente brasileira termina o seu primeiro ano com saldo positivo

No Brasil, a presidente Dilma Rousseff está quase a terminar o seu primeiro ano à frente da nação , e, segundo muitos analistas ela conseguiu demonstrar que uma mulher conseguia dar conta do recado.

O primeiro ano do governo Dilma Rousseff no Brasil já serviu para a governante colocar fim aos questionamentos sobre a capacidade de uma mulher governar um país da dimensão, territorial e de problemas, do Brasil. A análise é da socióloga Agenita Ameno. “Pelo fato de ser mulher, todo mundo espera uma postura rigorosa e ao mesmo tempo suava na gestão. Eu acho que já existe uma dificuldade inicial e ela já está deixando bem claro que ninguém pode pisá-la destruí-la pelo fato de ser mulher,” lembra Ameno.

Deixadas de lado as questões de gênero, a socióloga avalia o que falta na presidente, do ponto de vista político: “talvez falte mais um pouco de jogo de cintura, uma pouco mais de flexibilidade. Talvez ela tenha um pouco de receio ainda de desagradar esse e aquele. Certa cautela demasiada com as decisões. Porque a política é muito difícil é tudo um jogo de toma lá da cá.”

Para a especialista, a partir do ano que vem, o governo Dilma terá cada vez mais um perfil próprio, sem traços da gestão Lula. “O primeiro ano ela ainda estaria ligada umbilicalmente ao governo Lula. Por que bem ou mal o Lula deu uma repaginada na história do Brasil, como os dados mostram. Mas, no segundo ano, ela vai fazer as coisas do jeito dela, de acordo com o que ela entende que é certo. Eu acredito que este cordão umbilical já está sendo cortado, no segundo vai ser cortado e, no final do governo, ela já estará completamente independente.”

Dentro das características de um governo com a maior marca Rousseff possível, a estudiosa acredita que a presidente brasileira passe a fazer o que já começou neste primeiro ano: ouvir mais os brasileiros. “Eu acho que ela vai escutar mais, não só o eleitor, mas o usuário do serviço público. Toma que escute. O interesse para o gestor público tem que ser o público, não pode ser outra coisa. É isso que esperamos do governo Dilma. E ela como mulher, que esteja atenta a todos os aspectos sociais e não só os econômicos do Brasil.”

Sobre o combate á corrupção, Ameno também acredita que o que deve se transformar em uma marca do governo Dilma, também será usado pela oposição com efeito contrário, no futuro. Mas, deixando de lado, a forma como será vista essa marca do governo, o que importa é que o 2011, com saídas de acusados de corrupção do governo, teve uma significado muito forte e atual para os brasileiros. “Tomara que esse perfil da política brasileira mude com essas denúncias de corrupção de punição aos corruptos. Só assim, isso pode mudar. Você tem interesse em fazer algo por causa do interesse público e não do particular. Não é porque você vai ganhar algo no futuro,” encerra.


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