O comité Internacional da Cruz Vermelha fez um apelo no sentido da obtenção de mais de mil milhões de dólares para as operações de emergência do próximo ano.
Embora a maioria das nações beneficiadas estejam localizadas em África, a maior operação humanitária da Cruz Vermelha no Afeganistão.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha indicou que o seu orçamento de mais de 89 milhões de dólares reflecte, em grande medida, a necessidade médica aguda de baixas provocadas pelo conflito e ainda a necessidade de prestar assistência a um grande número de pessoas deslocadas.
O presidente da Cruz Vermelha Jakob Kellenberger sublinhou que a situação humanitária no Afeganistão piorou.
Kellenberger sublinha que a proliferação de grupos armados contribuiu para novas situações de danos e de sofrimento para as populações apanhadas pelos conflitos. Acentua ele que os civis encontram-se expostos a riscos múltiplos, desde atentados bombistas à violência sexual.
O presidente da Cruz Vermelha acrescenta que as vitimas das atrocidades sofrem de escassez de alimentos, de água e de medicamentos, e que estas como outras necessidades de emergência devem ser tratadas.
O Sudão constitui a terceira maior operação após o Afeganistão e o Iraque, o que Kellenberger denomina de operação complexa.
Kellenberger recusa-se a descrever como cenário de drama o que possa vir a acontecer no caso de irromper violência durante o referendo sudanês de Janeiro. Esta votação irá determinar se o Sul decide separar-se do Norte.
Refere no entanto que dado o historial da região, seria irresponsável por parte da Cruz Vermelha não se preparar para uma situação de emergência.
