Os Estados Unidos vão enviar um porta-aviões nuclear para a costa da península coreana para participar em exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul.Os exercícios terão lugar já este fim-de-semana, e surgem na sequêrncia do ataque de ontem da Coreia do Norte contra uma ilha sul-coreana que provocou a morte de pelo menos duas pessoas.
Responsáveis militares americanos em Seoul afirmaram no entanto que esses exercícios já estavam previstos antes do ataque das forças de Pyongyang.
Entretanto numa conversa via telefónica com o seu homólogo sul-coreano, Lee Myung-back, o presidente americano Barack Obama reafirmou o empenhamento dos Estados Unidos na defesa da Coreia do Sul. O presidente americano fez aquela declaração depois da reunião com os seus conselheiros de defesa na sequência dos ataques norte-coreanos contra a Coreia do Sul.
Os dois líderes concordaram na realização de exercícios militares prometendo continuar a estreita cooperação no domínio da segurança entre os dois países para reforçar a aliança entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul.
O Presidente Obama disse por outro lado que os Estados Unidos iriam trabalhar com outras nações na condenação do ataque da Coreia do Norte e em prol da paz na região.
Anteriormente, numa entrevista à cadeia televisiva ABC, Obama classificou a acção da Corei a do Norte como sendo “mais um incidente na série de outros nos últimos meses”. Obama lembrou que os Estados Unidos iriam alertar a comunidade internacional no sentido de pressionar a China a tornar claro a Pyongyang de que necessita de obedecer à lei internacional.
O Presidente Obama fez aquelas declarações depois da reunião com os seus conselheiros de segurança nacional, entre os quais, a secretária de estado, Hillary Clinton, com o secretário da Defesa, Robert Gates, e com o Chefe de Estado Maior Conjunto das Forças Armadas. Obama deverá reunir-se ainda com o seu conselheiro para a Coreia do Norte, Stephen Bosworth e outros consultores em assuntos asiáticos.
Entretanto, na Coreia do Sul, não se fizeram esperar criticas ao governo do Presidente Lee Myung-back quanto à forma branda através da qual o líder sul-coreano respondeu aos ataques norte-coreanos, criticas essas apontadas sobretudo ao seu ministro de Defesa, Kim Tae-young. A deputada do partido no poder, Song Young –Sun perguntou por exemplo porque é que o ataque está a ser classificado como tendo sido apenas uma provocação? Segundo a deputada trata-se sim de uma guerra.
Por outro lado, analistas políticos chineses afirmam que Pequim foi apanhada entre duas forças hostis. Cai Jian, professor de Estudos Coreanos na Universidade de Fudan , em Shanghai, diz ser injusto criticar a China afirmando que Pequim devia fazer mais para pressionar a Coreia do Norte.
De momento, afirma o académico chinês, a China continua a tolerar com paciência o que se passa na península coreana, até que os seus interesses sejam directamente ameaçados.
Os Estados Unidos vão enviar um porta-aviões nuclear para a costa da península coreana para participar em exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul.