As eleições deste mês no Congo Kinshasa podem ser determinantes para o futuro das relações entre aquele país e Angola.
Os dois países têm neste momento dossiers sensíveis por resolver aguardando decisões que dependem da vontade política das suas lideranças.
Em Kinshasa advinham-se eleições muito disputadas e o actual presidente Joseph Kabila não dispõe de uma margem folgada em relação aos seus opositores.
Angola e Congo Democrático partilham uma vasta fronteira comum. A imigração ilegal e a partilha das fronteiras terrestre e marítima são os principais temas na agenda política comum.
Em conversa com a “Voz da América”, o analista político e docente universitário Celso Malavoloneke e o advogado Pedro Kaparakata falaram-nos sobre a influência que uma eventual mudança de regime na RDC pode causar na sua relação de vizinhança com Angola.
Malavoloneque não acredita numa alteração de vulto mesmo que o poder no país vizinho mude de rosto. Segundo ele Angola e o Congo partilham de milhares de km de fronteiras comuns e as suas populações partilham de um grau de interacção muito elevado.
Realça também o facto dos dois países terem dossiers muito complexos entre mãos cujas negociações dependem dos níveis de confiança entre os dirigentes de Luanda e Kinshasa.
Quanto a Pedro Kaparakata põe em realce o facto das fronteiras da era colonial em África não corresponderem necessariamente às realidades no terreno.
Ouça a mesa-redonda da “Voz da América” moderada pelo Panguinho de Oliveira.