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"Agricultura ecológica" produz alimentos e defende o ambiente


"Agricultura ecológica" produz alimentos e defende o ambiente
"Agricultura ecológica" produz alimentos e defende o ambiente

Sistema assenta no plantio de culturas tradicionais e uso de animais tradicionais Zulu

Especialistas internacionais em agricultura referem que um agricultor Sul Africano transformou a sua propriedade num dos melhores exemplos de unidade agrícola ecológica em África.

A agro ecologia é um género de sistema agrícola que se destina igualmente a proteger o meio ambiente. Os agricultores que o praticam estão comprometidos na preservação dos recursos selvagens, como no caso das florestas, enquanto produzem alimentos.

Há quatro anos atrás Richard Haigh sustenta que nunca tinha pensado em ser agricultor.

Sediado na cidade de Durban, o maior porto sul-africano, Haigh deslocava-se com frequência ao interior rural da província do KwaZulu-Natal, onde presenciou ao plantio de culturas tradicionais e ao uso de animais tradicionais Zulu. Sentiu-se inspirado no que presenciou, para em 2007, adquirir um lote no interior do KwaZulu-Natal, que denominou de ENALENI, o que em Zulu significa, o local onde existe mais do que é necessário.

Haigh queria fazer agricultura com gado bovino e carneiros, mas o solo era seco, e área muito húmida. Os especialistas avisaram-no que as condições eram muitos difíceis para os animais.

Haigh não queria usar estirpes de gado estrangeiras, desejando apenas animais indígenas – gado Nguli e carneiros Zulu.

“Carneiros que estão especialmente adaptados a esta área – com humidade elevada e temperaturas altas.”

Para proteger os animais das doenças tem de ser alimentados com enorme quantidade de antibióticos, o que as estirpes locais não necessitam. Encontram-se adaptadas às condições locais desde há milhares de anos, e são muito resistentes são muito resistentes às doenças locais.

Por isso, Haigh adianta a carne é bastante mais saudável.

Todavia, acrescenta Haig, as autoridades sul-africanas promovem constantemente estirpes estrangeiras em vez das Zulus.

“Estas espécies são totalmente ignoradas pelo departamento da agricultura, sublinhando que os animais têm cores e formatos diferentes; alguns têm orelhas pequenas, e pernas longas e finas”.

Haigh recusa-se igualmente a utilizar pesticidas e fertilizantes químicos, utilizando o estrume animal para fertilizar as culturas, por isso não existe resíduo perigoso que escorra para os rios.

Haigh considera que os agricultores que produzem pequenas quantidades de alimentos, mas que tem alta qualidade são o futuro da agricultura global.

Haigh refere que muitos agricultores africanos continuam a pensar que a única forma de ter êxito é através das grandes unidades agrícolas.

“A primeira coisa que perguntam é sobre a dimensão do pessoal que utiliza; quantos tractores possuem; quantos milhares de galinhas ou de cabeças de gado possui?”.

Haigh reconhece ser um sonhador, e que o género de agricultura que pratica, nunca o irá fazer super rico.

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