Recordando André Mingas
André Mingas, recentemente falecido, foi um dos músicos e compositores angolanos que mais contribuiu além fronteiras para a promoção e divulgação da música angolana.
Mingas foi vice-ministro da Cultura e criou a Sociedade de Autores Angolanos. Estudou na Universidade Agostinho Neto e mais tarde em Lisboa onde obteve um mestrado em Arquitectura e Urbanismo.
Filipe Mukenga, amigo e também ele músico angolano, conversou com a repórter da VOA, Esperança Gaspar, sobre André Mingas falecido há pouco mais de uma semana no Brasil.
Cantor e compositor, dono de um género próprio, salsa semba e rebita, André Mingas, fez parte de uma geração de “ Ouro da música” que emergiu e teve êxitos nos anos 70 e 80, juntamente com Filipe Mukenga e Waldemar Bastos.
Consternado com a morte de André Mingas, Filipe Mukenga conta-nos que iniciou a sua parceria com André Mingas em 1976, do encontro mantido resultou o registo e interpretação da canção “ livre, mas sem asas”.
O companheiro e amigo de André Mingas, descreve a figura, do compositor, como sendo um excelente intérprete.
Filipe Mukenga, recorda com alegria, as aparições em público que fez com André Mingas. E um dos frutos desta parceria foi a gravação do clássico “ Humbiumbi” um tema cantado na língua Umbundo.
Filipe Mukenga, disse que o músico e compositor, André Mingas foi a sua principal influência, o levou a adoptar as dissonâncias que hoje o caracterizam como músico. Filipe Mukenga, considera que o ponto mais alto da parceria com André Mingas aconteceu no Brasil em 1982.
Gravado há 30 anos “Coisas da vida” foi o seu primeiro albúm. Um disco que continham canções como: Nzambi, Mufete, Esperança, Hino do amor, o que eu quero e Tchipalepa.
A ministra da Cultura Rosa Cruz e Silva, promete elevar cada vez mais o legado de André Mingas. A titular da pasta da Cultura, reafirma, o dever de continuar o percurso histórico dado por André Mingas.
Por seu turno o músico angolano, Carlos Burity, que iniciou a sua carreira nos anos 60 na província do Moxico, disse que a cultura angolana perdeu um grande homem.
Ouça a reportagem da Esperança Gaspar.