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Guiné-Bissau: palácio presidencial vai ser reconstruído
O presidente da República, Malam Bacai Sanhá, presidiu hoje à cerimónia de lançamento da primeira pedra para a reconstrução do Palácio da República destruído no final do conflito político-militar de 7 de Junho de 1998.
Para Malam Bacai Sanhá a reconstrução do palácio presidencial levará aos guineenses a esquecerem as sequelas da guerra de 7 de Junho de 1998:
“A reabilitação deste palácio fará certamente os guineenses em geral a esquecerem as sequelas da guerra de 7 de Junho. E o símbolo do poder que ficou inoperante durante 12 anos.”
O presidente guineense disse que a reconstrução do palácio, cuja primeira pedra foi lançada hoje, significa o arranque efectivo da Guiné-Bissau para o desenvolvimento:
“Este palácio reabilitado significará a reabilitação da Guiné-Bissau. Significará o arranque da Guiné-Bissau para o desenvolvimento.”
Palavras do presidente guineense, Malam Bacai Sanhá. Construído em 1946, na então Guiné Portuguesa, o palácio presidencial, cujas plantas arquitectónicas só foram entregues esta manhã por Portugal, depois de várias e insistentes solicitações por parte das autoridades guineenses, vai manter a sua fachada, devendo contudo possuir novas instalações para outros serviços da Presidência da República. Para o embaixador português na Guiné-Bissau, António Ricoca Freire, a entrega da planta e a memória descritiva do imóvel aconteceu no momento exacto:
“Neste momento em que o palácio vai ser reconstruído, julgamos que era o momento certo para entregar à Guiné-Bissau, às suas autoridade e ao seu povo aquilo que é o seu património. Essas plantas ajudarão a empresa chinesa que se vai encarregar da reconstrução a respeitar o velho alçado do palácio e a fazer uma reconstrução tão fiel quanto possível daquilo que é o palácio presidencial da Guiné-Bissau.”
Embaixador de Portugal na Guiné-Bissau, no dia em que foi lançada a primeira pedra para a reconstrução do palácio presidencial. Segundo ditado popular “mais vale tarde de nunca”, ou por outras palavras, muitas foram as promessas da reconstrução do palácio por parte de vários países parceiros da Guiné-Bissau, mas só agora é que a China, à luz da sua cooperação com Bissau decidiu assumir as obras deste imóvel oficial, que deverá ser entregues às autoridades bissau guineenses no prazo máximo de um ano e trinta dias.