A República Popular da China está a posicionar-se como um dos países que ao nível oficial, é considerado dos principais parceiros económicos de Moçambique, contudo, esta relação continua a receber diversas críticas de vários sectores de opinião ao nível nacional.
Parte dos críticos a esta parceria, defende que os chineses estão a explorar os recursos nacionais em troca de investimento em créditos bonificados, que poucas vantagens trazem para Moçambique, em particular.
Humberto Zaqueu, economista moçambicano do Grupo Moçambicano da Dívida, deixa a sua análise a esta polémica cooperação.
“Analisando a tendência dos créditos internacionais para os países pobres, vemos que está a cair, o que contrasta com o nível das necessidades e a China aparece como única nação que ainda pode resolver os problemas da economia nestes países. Por esta via, a China é uma boa oportunidade. Contudo, os nossos países precisam definir o que pretendem com a China, de forma a maximizar os ganhos desta parceria, que claramente, neste momento, a China é que sai mais a ganhar” disse.
Nos últimos anos, Pequim tem desembolsado milhões de dólares em créditos sem juros. Parte deste valor está a ser aplicado na execução de várias infra-estruturas de grande envergadura, como edifícios executados por empreiteiros chineses a baixo custo, contudo, a qualidade e o tempo de vida têm sido questionados.
O Presidente da República insurgiu-se há dias com os críticos desta cooperação. Numa das raras reacções, Armando Guebuza classificou a cooperação entre Moçambique e China como uma verdadeira cooperação.
“Todos os que criticam estão enganados e não sabem o que dizem”, desabafou Guebuza.
