O MPLA lançou uma ofensiva no sentido de culpabilizar a oposição, nomeadamente a UNITA, pela onda de manifestações em Luanda. Neste contexto, o partido no poder marcou um encontro alargado para dar a conhecer aos seus militantes a situação política na capital angolana, ao mesmo tempo que o governo provincial anunciou que doravante as manifestações só poderão realizar-se nos arredores de Luanda em locais pré-determinados.
Contudo, o porta-voz do MPLA, Rui Falcão, afirmou que o partido governamental não vê impedimento na realização de manifestações desde que elas cumpram os requisitos exigidos por lei.
Entretanto, o Comando Geral da Polícia Nacional angolana tornou público que continuará a cumprir o seu papel de órgão de manutenção da ordem e tranquilidade públicas nacionais, fazendo-se presente nas manifestações que eventualmente venham a ocorrer, com o intuito de proteger os manifestantes de terceiros ou o inverso, para que as manifestações ocorram na normalidade, salvaguardando o Direito à manifestação, constitucionalmente consagrado ao abrigo do artigo 47º da Constituição da República de Angola.
Assim, em caso de desobediência ou violação dos preceitos legalmente instituídos, a Polícia Nacional angolana adverte que estará pronta para agir em prol da garantia da ordem e da tranquilidade públicas.