Vários bancos internacionais e instituições financeiras são acusadas por grupo dos direitos humanos de tirar proveito da venda dos diamantes de sangue do Zimbabué.
Segundo a Parceria África-Canada, o Zimbabué continua a vender diamantes que não foram certificados para venda por parte da instituição regulamentadora.
A Parceria África-Canada identificou três bancos zimbabueanos que estão envolvidos no processamento das receitas de vendas ilegais de pedras preciosas em bruto, escavadas dos campos de diamantes de Marange, no leste do Zimbabué.
Alan Martin afirmou em Joanesburgo que os três bancos zimbabueanos têm accionistas internacionais incluindo o Barclays Bank, da Inglaterra, e duas empresas financeiras sul-africanas, o Standard Bank e a Old Mutual.
Segundo a mesma fonte, os bancos zimbabueanos – o Commercial Bank of Zimbabwe, o BancABC e o Premier Banking Group – são recomendados aos compradores de diamantes pela empresa governamental Minerals Marketing Corporation.
A Minerals Marketing Corporation processa a venda de todos os minerais do Zimbabué, incluindo os diamantes, sendo uma de várias corporações zimbabueanas objecto de sanções pela União Europeia e os Estados Unidos.
Martin acrescenta que os bancos internacionais estão a expor-se a ter a reputação danificada ao investirem em bancos zimbabueanos que fazem tráfego de diamantes ilegais.
Alan Martin apelou para que os bancos internacionais para fiscalizarem os investimentos naqueles três bancos zimbabueanos para assegurarem que não comprometeram os compromissos éticos e sociais.
“Apelamos para se comprometam em utilizar a influência dos accionistas para acabar com as transacções ilegais de diamantes, e se os bancos zimbabueanos recusarem, para que deixem de colaborar com eles”.
Martin indica existirem seis companhias que exploram áreas de terreno zona de Marange, com a Mbada Mining a ter a maior produção dos últimos dois anos.
O empresário sul-africano David Kassel confirmou que a empresa New Reclamation é o principal investidor da Mbada Mining.
Martin acrescenta que a Minerals Marketing Corporation promoveu, há quatro meses atrás, a venda de pedras em bruto e que a sua maioria seria proveniente da Mbada Mining.
O Processo de Kimberley, a entidade reguladora do mercado de diamantes não certificou qualquer das pedras colocadas à venda.