A plantação de cana-de-açúcar da Biocom na fazenda Pungo-Andongo, a sudoeste de Malanje perdeu 48 hectares resultantes de um incêndio registado no princípio deste mês.
A Biocom está a repor a produção e traçou um plano de contingência para evitar futuros desastres, como esclareceu o agrónomo Gervásio Nascimento que diz serem desconhecidas às causas do sinistro.
“Nós Biocom não temos de momento como afirmar se efectivamente foi um fogo posto ou se foi um acidente, porque não temos elementos concretos para apurar isso, mas afectou-nos uma área mais ou menos de 48 hectares que neste momento já estamos a recuperar através do corte da própria cana e naturalmente ela irá rebrotar. Nós já estamos a tomar medidas, estamos a passar a grade em volta dos talhões, no sentido de evitar que o fogo, mesmo que seja posto no mato não trespasse para as nossas áreas agrícolas, então, esse trabalho já está sendo feito”.
A área plantada de cana-de-açúcar inicialmente era de quatro mil hectares, mas as previsões apontam para um perímetro de 30 mil hectares.
O projecto deverá produzir cerca de 250 mil de toneladas de açúcar, 30 milhões de litros de etanol e 160 mil MW de energia com a queima do bagaço de cana, para reforçar a linha de transporte de alta tensão Capanda/Cacuso.
O difusor da Sermatec, um dos equipamentos com maior desenvolvimento tecnológico, está dimensionado para processar cerca de 12 mil toneladas de cana-de-açúcar por dia, ou 360 mil toneladas por mês.
A construção total do complexo da Usina Biocom deverá custar mais de 200 milhões de dólares, a serem divididos entre os sócios, nomeadamente o Estado angolano, através da ANIP (Agência Nacional para o Investimento Privado) e a Sonangol Holding, Damer e Odebrecht.
Em Malanje é prática nas comunidades pré-urbanas e rurais a queima do capim seco, o que tem provocado vários incêndios durante todos os anos, com a perca de vidas humanas.