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Líderes africanos querem mais investimentos americanos em África


Secretária de Estado Hillary Clinton participa no encerramento do Forum da AGOA na Zambia
Secretária de Estado Hillary Clinton participa no encerramento do Forum da AGOA na Zambia

Reunidos na Zambia os investidores africanos apelaram ao maior engajamento empresarial americano a luz dos acordos da AGOA

Homens de negócios africanos dizem que os Estados Unidos deviam fazer mais para encorajar investimentos no continente.

A administração Obama concorda com e a Secretária de Estado Hillary Clinton está na Zâmbia como parte dos esforços para um comércio preferencial entre a África e os Estados Unidos.

A Iniciativa para o Crescimento Económico em África – AGOA – tem sido a chave do investimento americano no continente africano durante mais de 10 anos. Mas a grande maioria dos bens importados tem sido os têxteis e produtos petrolíferos.

Os produtores africanos reunidos esta semana na Zâmbia querem diversificar as exportações e afirmam que o governo americano pode contribuir bastante neste sentido.

Chungu Mwila, director do sector privado no Mercado Comum da Africa Austral e do Leste, diz que a preferência comercial no âmbito da AGOA pode ser mais valida se houver mais investimentos directos dos Estados Unidos.

“Se as companhias americanas estivessem prontas a investir em África e aumentar as nossas capacidades produção, a partir dai e ao nosso ver, AGOA teria mais importância”.

Mwila diz que a administração Obama devia fazer mais para levar empresas americanas para África, através de assistência na construção de indústrias e assegurar que algumas companhias americanas aproveitem das oportunidades que se abrem com este novo impulso.

O governo americano parece concordar com isso, e está a pedir ao Congresso a extensão da validade da AGOA por mais 10 anos. O Secretário assistente para Assuntos Africanos, Johnnie Carson diz que devia haver taxas de incentivos aos negócios americanos feitos a partir deste acordo preferencial.

“AGOA já fornece taxas substanciais de poupança para empresas americanas que importam os produtos referenciados no acordo com África, mas não existem outros tipos de incentivos fiscais com base na legislação. Recomendamos que o governo americano apoiasse um esforço com vista eliminar os impostos no repatriamento de benefícios de empresas americanas que invistam na indústria em África e que produzam os produtos constantes no acordo da AGOA.”

Johnnie Carson diz-se encorajado com o progresso africano, e sublinha que pelo seu potencial económico o continente vai continuar a precisar de iniciativas como a AGOA que forneça incentivos ao crescimento.

Carson adiantou ainda que a administração Obama quer que os congressistas americanos adoptem um provimento que a partir do próximo ano permita aos países membros da AGOA a importarem matérias-primas têxteis a partir de países terceiros.

A Secretária de Estado Hillary Clinton toma parte hoje no encerramento da reunião da AGOA com o presidente zambiano Rupiah Banda.

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