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Somália prepara-se para batalha de Bakara


Somália prepara-se para batalha de Bakara
Somália prepara-se para batalha de Bakara

A importância de Bakara para a missão da União Africana

Na altura em que as tropas internacionais se aproximam do mercado de Bakara, em Mogadíscio, um reduto forte do grupo militante al-Shabab, um analista do grupo Crise Internacional alerta para o facto de a captura daquela posição pode vir a ser complicado e dispendioso.

A maior parte da campanha militar na capital somali, tem sido a batalha pelo mercado de Bakara. Situado no topo de uma elevação no centro comercial da cidade, Bakara é um ponto fulcral para a maior parte do sul da Somália, e tem servido, na última década, de reduto para o grupo al-Shabab.

Para a Missão da União Africana na Somália, a entrada no mercado tem sido o objectivo do último ano. Durante a Ofensiva do Ramadão, em Setembro passado, as tropas governamentais e internacionais efectuaram ganhos significativos nomeadamente em El Hindi.

Rashid Abdi, o analista somali do Grupo Crise Internacional, explica a importância de Bakara para a missão da União Africana.

“Estrategicamente, retira à al-Shabab o local que tem utilizado há cinco ou seis anos, para lançar ataques de morteiros e, para recrutar e extorquir dinheiro dos comerciantes”.

As forças da União Africana e do governo somali prometeram não bombardear, ou até mesmo entrar no mercado, mas sim cortar as linhas de abastecimento da al-Shabab e assim forçar a retirada dos rebeldes.

Abdi alerta para o facto de que qualquer confronto será difícil para tropas governamentais e da União Africana.

“Bakara é um local muito difícil. Um emaranhado de quiosques e de bancas. Repleto de pessoas, comerciantes e clientes. Um local muito difícil de controlar que a al-Shabab tem utilizado para atacar com morteiros”.

Um outro problema é a população civil. Bakara, é zona mais concorrida e populosa de Mogadíscio, e possivelmente a maior componente ainda existente da economia somali, após duas décadas de caos e de guerra.

A 22 de Março, ou seja há 60 dias atrás, o primeiro-ministro somali prometeu remover a al-Shabab num prazo de 90 dias. Com um mês para o fazer, o mundo aguarda para ver se a forças somalis e internacionais cumprem o prometido.

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