A Ilha do Fogo em Cabo Verde é um dos marcos deste país não só pelo seu vulcão mas também por serem originarios dessa ilha grande parte dos imigrantes cabo verdianos nos Estados Unidos.
O nosso correspondente Eugénio Teixiera efectuou recentemente uma viagem a essa ilha onde entrevistou o professor Fausto do Rosário que lhe traçou o historial da ilha.
A primeira referencia ao vulcão que existe foi feita nos anos de 1500 por naveadores portugueses que relataram como se tiveram que afastar da ilha devido ao facto do vulcão se encontrar activo.
Sem dúvida, o Vulcão constitui a grande marca do Fogo. Todas as pessoas que visitam a ilha, com maior incidência para os turistas, não perdem a oportunidade de ir a localidade de Chã das Caldeiras para ver de perto o Vulcão de 2829 metros de altitude.
Os mais corajosos chegam mesmo a escalar o pico, numa missão muito ousada e extremamente cansativa.
Segundo o professor Fausto do Rosário, a primeira erupção data de 1500, sendo que a última das 27 erupções do Vulcão do Fogo, aconteceu em Abril de 1995.
Em termos de consequências – perda de vidas humanas - provocadas pelas erupções do Vulcão do Fogo, Fausto do Rosário fala no registo apenas de uma vítima mortal em 1897, com o desabamento de uma cubata sobre uma criança.
O nosso entrevistado avançou também que as erupções não tiveram grande impacto negativo nas populações de Chã das Caldeiras onde está localizado o Vulcão, já que, essa localidade começou a ser habitada em 1917.
De acordo com o professor Fausto do Rosário, das 27 erupções, a referida população apenas presenciou as de 1951 e 1995.
Refira-se que Chã das Caldeiras é uma zona agrícola, destacando-se a cultura da uva, utilizada na produção do famoso vinho do Fogo.
Ouça a primeira de três reportagens do EugénioTeixeira