Acordo: Obama/Karzai em Cabul
O presidente americano Barack Obama e o seu homólogo afegão Hamid Karzai assinaram um acordo que orientará as relações entre os dois países depois do fim da guerra.
Kent Klein, jornalista da VOA na Casa Branca diz que o documento detalha os passos de uma parceria estratégica após a retirada das forças da NATO em 2014.
O presidente Obama que fez uma visita surpresa ao Afeganistão, chegou a Cabul ainda na madrugada para assinar o acordo.
O presidente americano falou da importância do novo documento no âmbito de uma parceria estratégica de 10 anos logo a seguir ao fim da presença das forças da NATO e do fim dos combates em 2014.
“Juntos, estamos agora engajados a mudar a guerra por paz, e prosseguir um futuro mais esperançoso enquanto parceiros iguais.”
O presidente Obama que mais tarde esteve também na Base militar de Bagram para saudar as tropas americanas, falou da importância desse acordo para o povo americano.
“Hoje, eu assinei um acordo histórico entre os Estados Unidos e o Afeganistão que define um novo tipo de relações entre os nossos dois países.”
O presidente americano disse que na cimeira da NATO deste mês em Chicago, a coligação irá estabelecer os objectivos para que as forças afegãs estejam em posição de liderar as operações de combate em todo o país, já no próximo ano.
Obama adiantou ainda que as tropas internacionais continuarão a treinar, aconselhar e assistir os afegãos e lutar ao lado do das forças nacionais se necessário, e que irão mudando de funções enquanto os afegãos estiverem em posição de se avançar.
O acordo refere que os Estados Unidos vão continuar a cooperar a longo termo com o Afeganistão, e ele foi assinado há precisamente um ano da morte do líder da al-Qaida, Osama Bin Laden por tropas de elite americana – Navy SEALs.
O presidente Obama fez lembrar aos americanos que o objectivo principal da guerra – que era a destruição das capacidades da al-Qaida em lançar ataques de terror – foi atingido.
Obama assegurou ainda ao presidente Karzai que os Estados Unidos cumpriram a sua missão do Afeganistão e não tencionam construir uma base militar permanente no país.