Sindicatos queixam-se de falta de liberdade
A falta de liberdade no exercício dos direitos e garantias consagrados na constituição de Angola fazem com que o movimento laboral independente esteja em crise, queixam-se alguns sindicalistas.
Esta é a opinião do responsável da CGSILA na Huíla, Emiliano Sykonekeny, quando questionado a abordar sobre o 1º de Maio, o dia consagrado internacionalmente ao trabalhador.
O líder daquela tida como uma das maiores centrais sindicais na região, fala da promiscuidade política que fragiliza actividade a sindical independente;
“Mesmo outras centrais que são muito próximas ao governo são mais privilegiadas, sabe o quadro angolano no que diz respeito a matéria sindical também está muito eivado de promiscuidades político-partidárias, interferências constantes e isso faz com que de facto o movimento sindical angolano não tenha uma boa saúde temos de assumir isso com responsabilidade”.
Para a UNTA – Confederação Sindical, o movimento sindical no país é positivo e destaca as ainda tímidas melhorias nas condições sociais dos trabalhadores.
Apesar de qualificar os avanços no sindicalismo, Carlos Cambundo, o secretário provincial da UNTA na Huíla, fala da falta de cultura sindical entre os trabalhadores que se reflecte por exemplo na não filiação;
“ Infelizmente até hoje há trabalhadores que ignoram a sua filiação sindical ainda relegam a sua filiação para o segundo plano, não sabendo que os sindicatos são os únicos advogados que têm por lei que têm não há outra entidade que deve intervir nos conflitos laborais senão os sindicatos”.
Na Huíla o acto central do 1º de Maio aconteceu na praça João Paulo II onde convergiram trabalhadores na UNTA – CS o sindicato apontado como próximo ao regime e marcado pela ausência da mais representativa central sindical a CGSILA.