Na Costa do Marfim, as forças pró-Ouatarra, presidente reconhecido pela comunidade internacional anunciaram o assalto final iminente as últimas linhas de defesa de Laurent Gbagbo.
Jornalistas no local indicaram que colunas de dezenas de veículos militares e cheios de tropas entraram na cidade e testemunhas afirmaram ter ouvido várias explosões horas mais tarde.
O porta-voz do primeiro-ministro costa-marfinense Guillerme Soro e partidário do presidente Alassane Ouattara disse que a ofensiva final contra as posições ainda controladas pelas forças de Laurent Gbagbo foi lançada esta Segunda-feira, mas até ao momento a notícia carece de confirmação de fonte independente.
Os médias referem-se contudo a Abdjan como uma cidade desertada durante o dia de hoje. Os habitantes possuídos pelo medo refugiaram-se nas suas residências.
As forças pró-Ouattara dizem ter lançado a ofensiva final, e no inicio da tarde testemunhas disseram ter visto tropas armadas seguindo os quatro corredores que dão ao palácio presidencial, onde se pensa estar acantonado o presidente cessante Laurent Gbagbo.
A situação está cada vez mais precária no que toca a segurança dos civis, e a França já avançou com o estabelecimento de três locais para o acolhimento de expatriados estrangeiros, que incluem a base militar francesa no Porto Bouet, o Hotel Wafou no sul da cidade e a embaixada francesa ao norte.
Paris tem reforçado igualmente o seu dispositivo militar – Licorne – na Costa do Marfim, e hoje o ministro da defesa anunciou envio de 150 tropas para ajudar a proteger a população civil em Abidjan, onde o exército francês assumiu o controlo do aeroporto.
Esta tarde a agência France press informou que 250 estrangeiros terão deixado Abidjan actualmente alvo de combates e de pilhagens, com destino a Dakar no Senegal e Lomé no Togo. Um oficial militar francês confirmou a saída hoje de 4 aviões de passageiros com destino a Lomé e Dakar. Ontem cerca de duas centenas de cidadãos franceses e libaneses já tinham seguido o mesmo destino.