Uma equipa de cientistas portugueses liderada por um investigador da Universidade do Minho, o físico Carlos Tavares, criou um novo material que liberta repelentes e insecticidas por acção da luz solar.
A tecnologia que pode ser usada para combater o paludismo ou a febre de dengue é de extrema utilidade em zonas remotas onde não exista rede eléctrica sobretudo em países em desenvolvimento.
Os cientistas portugueses criaram cápsulas minúsculas no interior das quais pode colocar-se praticamente qualquer composto: em contacto com a luz do sol, libertam-se os repelentes ou insecticidas de forma controlada.
"Deixamos de precisar de electricidade, que é normalmente utilizada para libertar os repelentes", explicou à “Voz da América” o físico Carlos Tavares, da Universidade do Minho, o coordenador do projecto.
A tecnologia pode portanto ser usada em zonas remotas e o material pode ser aplicado a qualquer superfície como o tecido de uma tenda ou de um mosquiteiro.
No centro desta investigação estão materiais que são activados pela luz solar provocando várias reacções. Um composto é colocado numa cápsula polimérica. O sol faz abrir os poros e o químico é então libertado.
Este projecto integra também cientistas das universidades do Porto e de Coimbra e do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, em Lisboa.
Nos próximos três anos, os 15 cientistas da equipa vão aperfeiçoar as tecnologias já disponíveis para tornar os produtos ainda mais eficazes como por exemplo levar os materiais a absorver mais energia solar.
A tecnologia que pode ser usada para combater o paludismo ou a febre de dengue é de extrema utilidade em zonas remotas onde não exista rede eléctrica.