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Costa do Marfim: Intensos combates junta à residência de Gbagbo


Forças leais a Ouattara preparam-se para atacar residência de Gbagbo em Abidjan
Forças leais a Ouattara preparam-se para atacar residência de Gbagbo em Abidjan

Forças leais a Alassane Ouattara, o presidente reconhecido internacionalmente, controlam praticamente todo o país

Na Costa do Marfim prosseguem intensos confrontos em Abidjan junto à residência do presidente cessante Laurent Gbagbo.

Forças leais a Alassane Ouattara, o presidente reconhecido internacionalmente, controlam praticamente todo o país e estão agora a desencadear o assalto final contra o bastião de Gbgabo.

No momento em que o tiroteio e as explosões se multiplicam um pouco por toda a capital comercial marfinense, a União Africana emitiu um novo comunicado apelando a Laurent Gbagbo para que abandone imediatamente o poder.

Desconhece-se para já se o presidente cessante marfinense se encontra ou não no interior da sua residência em Abidjan.

Ouattara foi declarado vencedor das eleições presidenciais de Novembro passado, mas, Gbagbo recusou demitir-se mantendo-se no poder graças ao exército.

Contudo as forças de Outtara depararam-se desta vez com pouca resistência quando entraram ontem em Abidjan depois de uma rápida ofensiva durante a qual se apoderaram das principais cidades do país.

Os apoiantes de Ouattara tomaram entretanto as instalações da televisão nacional e forças anteriormente afectas a Gbagbo entregaram o controlo do aeroporto de Abidjan à força de manutenção da paz das Nações Unidas.

Enquanto isso Ouattara fez um apelo às forças governamentais para que aderissem às suas fileiras. Ontem forças leais ao vencedor das eleições presidenciais, reconhecido internacionalmente, apoderaram-se do principal porto de exportação de cacau.

Combatentes leais a Alassane Ouattara tomaram a cidade portuária de San Pedro um dia depois de se terem apoderado da capital administrativa do país Yamoussoukro.

Noutro revés para Gbagbo, o chefe do estado-maior do exército tinha pediu também ontem asilo na residência do embaixador sul-africano.

O governo francês anunciou entretanto que os seus capacetes azuis estão a patrulhar bairros de Abidjan onde estão a verificar-se roubos e assaltos.

As Nações Unidas manifestaram-se entretanto alarmadas com notícias não-confirmadas de que as tropas de Ouattara tinham raptado e violado civis.

De acordo com a ONU pelo menos 494 pessoas morreram já desde o inicio da crise em Dezembro passado.

Por outro lado mais de um milhão de pessoas ficaram desalojadas e muitos milhares de outras refugiaram-se na Libéria ou no Gana.

A Costa do Marfim tem estado à beira da guerra civil desde as eleições presidenciais de Novembro passado quando Gbgabo se recusou a aceitar a vitória do seu rival Alassane Ouattara reconhecida pelas Nações Unidas e pela União Africana.

Entretanto, aqui em Washington, comentando a situação na Costa do Marfim, o secretário de estado assistente para os assuntos africanos Johnnie Carson afirmou que os Estados Unidos apelam a todas as partes no conflito marfinense para que façam da protecção dos civis a sua principal prioridade.

Carson acrescentou que os civis marfinenses já pagaram um alto custo pela democracia e advertiu que todos os responsáveis por atrocidades e violações dos direitos humanos terão que responder pelas suas acções.

Carson disse ainda que a Costa do Marfim tem pela frente tempos difíceis, mas, salientou que o presidente Alassane Ouattara já elaborou um plano para a reconciliação e a reconstrução nacional acrescentando que os Estados Unidos esperam que todos os marfinenses contribuam para um futuro próspero e pacífico do seu país.

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