A Nato vai assumir o comando da zona de exclusão aérea sobre a Líbia e pode vir a assumir maior controlo, dentro de dias, sobre a operação militar internacional.
A transferência da zona de interdição aérea para a NATO pode verificar-se já durante o fim-de-semana, mas a decisão não permite uma saída por parte da aliança de uma operação militar dispendiosa.
O secretário-geral da NATO, Rasmussen, explicou que algumas operações vão permanecer sobre a égide da coligação ocidental, enquanto prossegue o debate sobre o alargamento do papel da NATO.
“Neste momento vai verificar-se uma operação da coligação e uma operação da NATO, mas estamos a considerar a possibilidade de a NATO assumir uma responsabilidade mais alargada de acordo com a resolução do Conselho de Segurança da ONU, mas a decisão ainda não foi assumida”.
Vários membros da Aliança Atlântica, incluindo a Turquia, têm resistido ao envolvimento em ataques no terreno.
Inicialmente os Estados Unidos concordaram em liderar a aplicação da resolução da ONU, mas deixaram claro desejar ter apenas um papel limitado e que passariam a responsabilidade o mais cedo possível.
As iniciativas dos aliados em recrutar países árabes para evitar uma presença militar exclusivamente ocidental recebeu um impulso com o envio por parte dos Emiratos Árabes Unidos de 12 aviões para fazer aplicar a zona de exclusão aérea.
O Qatar já tinha contribuído com dois caças e dois aparelhos de transporte militar, esperando-se que possa iniciar neste fim-de-semana as patrulhas aéreas sobre a Líbia.
Enquanto continuam os combates o almirante Edouard Guillaud afirmava duvidar que a situação fosse resolvida rapidamente.
A televisão estatal líbia continua a transmitir imagens de apoiantes de Gadhafi em Tripoli entoando frases a favor do dirigente líbio.
A televisão transmite igualmente imagens de um funeral de vítimas alegadamente mortas pelas forças da coligação.
Um dirigente da oposição líbia afirmou à televisão Arabiya que as acusações são “propaganda governamental”.