No Benin, a policia utilizou gás lacrimogéneo e bastões para dispersar os manifestantes que contestam a re eleição do presidente Boni Yayi para um segundo mandato, colocando a possibilidade de actos de violência no país.
Várias centenas de apoiantes do candidato Adrien Houngbedji transportaram cartazes e queimaram pneus no decurso de um comício na cidade de Cotonou contra aquilo que classificam de um sufrágio presidencial fraudulento.
As manifestações registam-se três dias após o tribunal constitucional ter confirmado a re eleição de Boni apesar de Houngbedji ter alegado irregularidades no sufrágio.
Houngbedji perdeu o sufrágio de 13 de Março onde obteve 36 por cento dos votos contra Yayi que registou 53 por cento.
Houngbedji rejeitou os resultados numa intervenção que produziu no inicio desta semana.
Houngbedji reiterou ter vencido o sufrágio e que nunca vai aceitar os resultados, considerando-os nulos e sem validade.
As queixas da oposição ocorrem na altura em que os sufrágios na costa ocidental de África estão a ser acompanhados cuidadosamente devido à crise pós eleitoral na Costa do Marfim, onde Launrent Gbagbo recusa-se a ceder o poder.
O bloco regional ECOWAS sustenta que o sufrágio no Benin foi, na generalidade livre e transparente, e o presidente da organização, o chefe de estado nigeriano Goodluck Jonathan, apelou à população do Benin para aceitar os resultados.
“Se alguém tem problemas com os resultados eleitorais, existem procedimentos para tal. Procedimentos através de meios legais. Espero, que neste caso não haja problemas. As pessoas têm de obedecer às leis”.
Esta foi para Houngbedji, de 69 anos de idade, a quinta e última vez que pode concorrer pois a constituição limita a idade dos candidatos aos 70 anos.
Os candidatos tinham cinco dias para apresentar as reclamações sobre os resultados, e até este momento foram apresentadas quatro reclamações.
