O ministro do Interior de Angola, Sebastião Martins, encontra-se de visita a Cabo Verde.
Nesta deslocação ao arquipélago, o governante angolano para além de passar em revista a cooperação entre os dois países, pretende explorar outras áreas para a partilha de conhecimentos que sirvam ambas as partes.
Uma das áreas prende-se com a formação, onde a Escola da Polícia de Cabo Verde poderá acolher formandos angolanos, assim como a deslocação de polícias do arquipélago para ministrar formação no Instituto Superior das Ciências Policiais de Angola, instituição que entrará em funcionamento proximamente.
Por outro lado, os dois países pretendem intensificar a cooperação no combate à criminalidade, garante o ministro do interior angolano, Sebastião Martins:
“Desde logo no âmbito da criminalidade porque temos criminalidades muito próximas e temos alguma experiencia já partilhada que vai ser reforçada agora no âmbito desta visita. Mas também temos no âmbito do narcotráfico que infelizmente vai ganhando alguma proporção em Angola, mas também podemos avaliar que em Cabo Verde vai ganhando alguma proporção e temos aqui uma vontade comum de dedicarmos algum esforço para que esta tipologia de crime não encontre espaço de expansão nos nossos respectivos países. Depois na ordem pública que é comum falarmos das nossas experiencias e encontramos caminhos conjuntos.”
A ministra cabo-verdiana da Administração Interna, Marisa Morais, destaca as áreas que os dois países podem partilhar conhecimentos:
“Podemos partilhar conhecimentos, partilhar a nível da formação, uma área muito importante e essa cooperação técnico-policial é também fundamental se queremos combater eficazmente as ameaças que já referi e outras eventualmente que nos surjam é necessário de facto, é importante.”
Para além do reforço da cooperação no domínio policial, fala-se também na possibilidade de Angola e Cabo Verde assinarem acordos para a facilitação de vistos.
Sobre essa questão, a ministra da Administração Interna, Marisa Morais, disse que as duas partes estão a trabalhar para responder às expectativas dos cidadãos dos dois países.