Activistas sírios informaram que as forças de segurança mataram 10 pessoas hoje isso enquanto o governo do presidente Bashar al-Assad anunciou que os eleitores votaram esmagadoramente a favor de uma nova constituição considerada pelos líderes políticos como um passo para democracia.
O observatório sírio dos direitos humanos com sede em Londres indicou que a maior parte das mortes ocorridas hoje tiveram como causa o bombardeamento de um bairro sunita na cidade central de Homs, alvo dos bombardeamentos da artilharia do exército governamental há 3 semanas.
Pelo menos 40 pessoas perderam a vida desde ontem por toda a Síria em resultado da continuada opressão violenta dos dissidentes anti-governamentais.
O ministério sírio do interior anunciou entretanto que 90 por cento dos eleitores aprovaram esmagadoramente a nova constituição durante um referendo realizado ontem isso apesar do boicote dos opositores do governo.
O ministro do interior Mohamed al-Shaar disse que 57.4 por cento dos eleitores participaram nos escrutínios, representando 8,4 milhões de votos.
A nova constituição estabelece a criação de um sistema multipartidário na Síria que tem sido governada unicamente pelo partido Baas desde 1963, assim como impõe um limite de dois mandatos presidenciais de 7 anos cada. Ainda assim, o presidente Bashar al-Assad continua a ser considerado como dispondo de plenos poderes.
As diversas facções da oposição afirmaram que só aceitarão esta nova solução se o presidente Assad se demitir.
Os governos dos países ocidentais rejeitaram o referendo qualificando-o de uma farsa, mas a China e a Rússia saudaram a iniciativa.
Amanhã em Genebra na Suíça, o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas num encontro convocado de carácter urgente debate crise síria.
Investigadores da ONU estimam que 6400 civis e 1680 dissidentes das forças armadas morreram nesta crise que já dura há 11 meses.