Na Guiné-Bissau as forças armadas e a polícia estão em desacordo sobre quem vai controlar o uso de armas durante o período eleitoral.
O Chefe de Estado Maior das Forças Armadas esteve reunido com o Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública para discutir a sua interacção na sequência de recentes incidentes entre soldados e membros da polícia de intervenção rápida.
Os incidentes ocorreram no passado dia 20 quando elementos das forças armadas prenderam e agrediram membros da polícia que tentavam pôr termo a uma manifestação desordeira em frente à comissão nacional de eleições.
Após a reunião o Chefe de Estado Maior, António Indjai disse que durante o período eleitoral todos os armamentos incluídos os da polícia vão ser controlados pelas Forcas Armadas.
Isto foi contudo desmentido pela polícia. O Comissário Anterio João Correia que disse que ha circunstancias em que a polícia tem que usar "gás lacrimógeneo e há circunstâncias em nos temos que utilizar armas".
"O importante é dar conhecimento que numa circunstâncias nós podemos usar armas," disse.
As tensões entre o exército e a polícia tem gerado polémica nos últimos dias em Bissau, com posicionamentos políticos da oposição, que aliás, caucionou a atitude dos militares.
Isto face a condenação contundente das organizações da sociedade civil, para as quais os militares agiram contra as normas de um estado de direito.
Preocupado com o assunto o Representante Especial do Secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Joseph Mutaboba esteve reunido hoje com o Presidente da Comissão Nacional de Eleições, Dsejado Lima da Costa.
Mutaboba quis assim inteirar-se da situação, tendo na ocasião encorajado Lima da Costa a prosseguir com os esforços tendentes à realização de eleições presidenciais antecipadas no dia 18 de Marco.
Dirigentes da polícia e forças armadas reuniram-se. Representante da ONU avista-se com presidente da Comissão de Eleições