Na República Democrática do Congo os resultados parciais das eleições parlamentares de Novembro último têm monstram a perda de lugares na Assembleia Nacional por parte do partido do presidente Joseph Kabila.
Os resultados até ao momento divulgados pela Comissão Eleitoral Independente dão 58 assentos parlamentares ao partido de Kabila, PPRD, e 34 lugares ao UDPS de Etienne Tshisekedi líder da oposição.
A tendência dos dados até aqui recolhidos e publicados indicam que o partido presidencial vá continuar no poder mas desta vez vai perder a maioria parlamentar.
O PPRD deverá por isso aliar-se a pequenos partidos políticos.
As eleições tiveram lugar a 28 de Novembro em paralelo com as eleições presidenciais. O presidente cessante Joseph Kabila foi declarado vencedor isso enquanto o antigo primeiro-ministro Etienne Tshisekedi contestou e um mês mais tarde numa afronta ao poder decidiu investir-se como presidente da república.
Observadores internacionais tinham igualmente denunciado a votação que foi marcada pela violência.
Baya Kara observadora do Centro Carter em Kinshasa disse que o verdadeiro caos da eleição teve lugar durante o processo de apuramento dos votos.
“O problema surgiu depois do dia da eleição na compilação dos votos e foi por aí que constatamos algumas irregularidades na contagem e particularmente em Kinshasa e Lubumbashi.”
A comissão eleitoral tem igualmente apelado para que os resultados eleitorais fossem anulados em 7 circunscrições onde confrontos tiveram lugar durante a votação. A mesma pediu para que os candidatos acusados de envolvimento nas escaramuças fossem julgados por instigação à violência.
Uma equipa internacional de especialistas eleitorais, que inclui uma delegação americana do Instituto Nacional Democrático viajou para o Congo este mês com vista a analisar o processo da eleição parlamentar e determinar se deve ou não proceder a recontagem dos votos.
A divulgação dos resultados finais das eleições parlamentares na RDC estão aguardados para a próxima Segunda-feira.