21 Jan 2011 - Forças especiais sul coreanas tomaram de assalto uma embarcação que fora desviada por piratas e libertaram a tripulação. Foi uma missão marítima rara e dramática.
Forças navais especiais libertaram esta sexta feira, no Mar da Arábia, 21 marinheiros, mataram oito piratas, e capturaram cinco outros.
O presidente Lee deslocou-se à televisão para anunciar a conclusão da operação que se prolongou por cinco horas, e decorreu a mil e trezentos quilómetros a nordeste da Somália.
Lee afirmou na oportunidade que a Coreia do Sul não irá tolerar futuros ataques contra qualquer dos seus cidadãos.
O presidente afirmou que os militares tinham efectuado, em circunstâncias difíceis e com êxito, uma operação de salvamento. Lee manifestou apreço pela operação das forças especiais tendo sublinhado que tal constitui uma mensagem de encorajamento.
A embarcação de propriedade norueguesa Samho Jewelory navegava dos Emiratos Árabes Unidos com destino ao Sri Lanka quando no sábado passado foi capturada, cerca de 650 quilómetros a sudeste do porto de Muscat.
Lee acrescentou que outros países colaboraram na operação sem entrar em mais pormenores. Notícias referem que uma outra unidade naval de Oman se encontrava na área em apoio da operação sul coreana.
A bordo do navio cisterna de produtos químicos, de pavilhão maltês, encontrava-se uma tripulação de 11 birmaneses, oito sul coreanos e dois indonésios, operado pela empresa sul coreana Samho.
Autoridades militares em Seul indicaram que a fragata sul coreana Choi Young, com trezentos comandos a bordo, seguiu o navio desviado durante dias antes de actuar ma madrugada de sexta-feira.
O tenente general do exército sul coreano, Lee Seong-ho indicou que pelo menos oito piratas foram mortos, tendo o comandante do navio cisterna sido ferido no estômago pelos piratas. Mas, segundo ele, os ferimentos não são graves.
O general Lee frisou que três comandos sofreram ferimentos pequenos quando foram alvejados pelos piratas.
O general afirmou que a operação demonstra que a Coreia do Sul nunca irá negociar com piratas.
O governo sul coreano tinha prometido não permitir a repetição do desvio de um petroleiro igualmente operado pela Samho.
A Samho Dream e a sua tripulação foram libertados após 217 dias de cativeiro, tendo sido alegadamente pago um resgate de mais de nove milhões de dólares.
Na altura, tal procedimento foi fortemente criticado por encorajar os piratas a procurarem agressivamente navios sul coreanos.