O presidente interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, reuniu-se em separado com dirigentes dos partidos políticos para discutir a realização de eleições presidenciais antecipadas.
O país tem que realizar eleições presidenciais devido á morte do presidente Malam Bacai Sanhá.
Após a reunião dirigentes partidários manifestaram na generalidade apoio à realização das eleições dentro do prazo previsto na constituição, isto é de 60 dias após a morte do presidente.
Victor Mandiga, da Aliança Democrática, apontou os riscos em caso da não realização de eleições no prazo de dois meses, à luz da constituição da Republica.
“Não vale a pena tentarmos pequenos arranjos não constitucionais porque isso vai desembocar provàvelmente numa confusão entre os guineenses uma vez mais,” disse Mandiga.
“Para se evitar isso há só um caminho cumprir a constituição, cumprir o que está na lei,” acrescentou.
O vice-presidente do partido no poder, o PAIGC, Manuel Saturnino da Costa, o presidente em exercício do PRS, Ibraim Sory Djalo e um porta-voz do Partido Republicano para a Independência e Desenvolvimento, Abdu Mané, expressaram apoio à ideia de eleições dentro do prazo de 60 dias conforme proposto pelo presidente interino.
Mas Iaia Djaló, presidente do Partido Nova Democracia, disse que o prazo de 60 dias é irrealista e “está comprometido tendo em conta a expriência que nós temos do passado”.
Djaló recordou que há cidadãos de 18 anos que “ têm o direito de votar” e que “devem ser recenseados”.
O presidente da Comissão Nacional de Eleições, Desejado Lima da Costa sublinhou a necessidade de um recenseamento acrescentando ainda que vao ser necessários cerca de três milhoes de Euros para se realizarem as eleições.
“Há condições técnicas havendo as finanças e a intervençao da comunidade internacional. Nesse caso certamento que estaremos á altura de responder a mais este desafio,” disse.
Vão ser precisos três milhões de Euros