O Secretário-executivo da SADC disse hoje a Voz da América que em caso nenhum a sua organização irá enviar tropas de interposição à República Democrática do Congo onde o candidato presidencial da oposição Etienne Tshisekedi autoproclamou-se presidente da república.
Tomaz Salomão descreve a situação política reinante na RDC como complexa, e disse que a SADC vai dar o seu melhor para evitar situações de conflito militar, sem que haja para tal a necessidade de envio de tropas estrangeiras.
Duas organizações americanas enviaram na semana passada especialistas eleitorais para a República do Democrática do Congo com vista a determinar se é ainda possível verificar os resultados das eleições através de uma revisão mais alargada das operações de contagem.
Os técnicos do Instituto Nacional Democrático e da Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais encontram-se em Kinshasa desde a Quarta-feira passada e deverão permanecer no terreno por um período de 3 semanas.
No campo político tudo continua na mesma, com o governo liderado pelo recém-reeleito presidente Joseph Kabila e a oposição personificada pelo antigo primeiro-ministro Etienne Tshisekedi autoproclamado presidente a persistirem no braço de ferro em torno dos resultados eleitorais.
Esta situação está a levantar incertezas no país e ao nível regional com alguns observadores a recear a escalada da violência e um possível retorno do conflito militar.
E para comentar a situação na RDC, entrevistei Tomaz Salomão, secretário-executivo da SADC – Comunidade de Desenvolvimento dos Países da África Austral.
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