Altos responsáveis africanos de segurança disseram que a ofensiva militar aliada em curso na Somália está a destruir sistematicamente a al-Shabab um grupo de milicias com ligações à al-Qaida.
Peter Heinlein correspondente da VOA em Adis-Abeba diz que a União Africana está a pedir ajuda financeira as Nações Unidas para derrotar a al-Shabab o mais tardar até Agosto.
A União Africana endossou e enviou ontem ao Conselho de Segurança das Nações Unidas um pedido de reforço da sua missão militar na Somália – AMISOM – de deverá passar dos actuais 12 mil homens para 17 mil e setecentoa tropas. A solicitação inclui fundos para as chamas “forças multiplicadas” tais como unidades helitransportadas e fragatas que poderao expandir as capacidades da AMISOM.
O Comissário da Paz e Segurança da União Africana, Ramtane Lamamra diz que a a AMISOM precisa de homens e equipamentos para derrotar a milicia somali al-Shabab até Agosto quando estão previstas as eleições que deverão por termo ao mandato do governo de transição apoiado pelas Nações Unidas.
A al-Shabab controla largas áreas cerealíferas no sul e centro do país dizimadas pela fome. Mas a ofensiva tripartida das forças quenianas no sul, etíopes ao oeste e da AMISOM em Mogadishu no norte conduziu a retirada dos rebeldes.
Lamamra acrescentou que as capacidades de combate da milícia rebelde estão a ser esgotadas.
“A al-Shabab como força militar está a ser sistematica e paulatinamente destruída. Ela foi derrotada nas regiões de Gedo e Juba, o mesmo aconteceu em Beledweyn há uma semana.”
Notícias provenientes da região indicam que a al-Shabab está a mobilizar uma grande força de recrutas e voluntários locais para resistir ao chamam de “invasão estrangeira”. Mas Ramtane Lamamra considera essas informações como uma campanha de desinformação do grupo terrorista.
“Isto é propaganda, a forma da al-Shabab manter unidas as suas forças. As informações que temos vindo a receber é que existem um elevado número de deserções nas fileiras da al-Shabab.”
O Conselho de Segurança das Nações Unidas deverá analisar o pedido de reforço da AMISOM no início da próxima Quarta-feira.
Diplomatas presentes no encontro da União Africana de ontem, disseram que uma pronta resposta da ONU deverá reflectir a compreensão sobre a urgência de por fim a duas décadas de anarquia na Somália.
O Secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki-moon visitou no mês passado a cidade de Mogadishu, um acto que simbolizou a ida do mais alto responsável da organização a Somália em quase duas décadas.