Tal como aconteceu em 2011 muitos países africanos vão este ano ser palco de eleições multipartidárias, algo que indica à primeira vista um enraízamento da democracia em África.
Assim estão previstas eleições presidenciais no Gana, Senegal, Quénia, Mali, Madagàscar, Serra Leoa e possívelmente no Zimbabwe.
Angola está também a preparar eleições legislativas em que o líder do partido vencedor será presidente.
Mas apesar do crescente número de países africanos que realizam eleições alguns analsitas africanos afirmam que essas eleiçoes não têm dado grandes benfícios aos eleitores.
Activistas de direitos humanos e organizações anti-corrupção fazem notar por exemplo que na Reoública Democrática do Congo se realizam eleições desde 2006 mas pouco tem mudado em benefício geral das populações.
Leonard Wantchekon, director do Instituto para Investigação Empírica de Economia Política, sediado no Benin diz que as eleições só por si são positivas porque permitem que os eleitores escolham entre vàrios candidatos.
Mas Wantchekon diz que há recente preocupação através de África com o facto das eleições não estarem a provocar mudanças sociais suficientes.
“A desilusão deve-se ao facto de não ser óbvio que a realização de mais eleições tenham melhorado a educação, a saúde ou que tenham resultado em melhor governação e menos corrupção,” disse ele.
“Há agora mais corrupção do que nunca,” acrescentou.
Para além do Congo realizaram-se eleições presidenciais em 2011 no Benin, Camarões, Cabo Verde, República Centro Africana, Chad, Djibouti, Libéria, Níger, São Tomé e Príncipe, Seychelles, Uganda e Zambia. O ano passado acabou tambem por se resolver a questão das eleições presidenciais de 2010 na Costa do Marfim que resultaram no confronto sngrento.
Gnaka Lagoke que dirige o sitio na internet African Diplomacy diz ter esperanças democràticas para o continente africano mas expressa também preocupação sobre o signficado das mesmas.
“É bom vêr que apesar de haver guerras e confrontos devido ás eleições, é um processo vibrante e que as populações africanas estão a exercer a liberdade,” disse ele. Acrescentando no entanto que “o ocidente a fazer todos os possíveis por controlas essas eleições”.
Lagoke alega que governos ocidentais e organizações não-governamentais aplicam diferentes tipo de pressão para que os países africanos escolham candidatos por si favorecidos dando como exemplo a re-eleição de Ellen Johnson Sirleaf na Libéria.
Lagoke disse mesmo que escolher Sirleaf para o Prémio Nobel da Paz fez aumentar a sua popularidade.
O analista acusou observadores enviados por governos e organizações ocidentais de decidirem queeleições foram justas quando os candidatos que favorecem e protegem os seus interesses ganham.
Os países ocidentais negam interferir nessas eleições mas com mais eleições este ano, esse tipo de debate, acusações e mesmo confrontos violentos deverão continuar.
Mais países africanos terão este ano eleições multipartidárias, mas há dúvidas sobre os seus efeitos sociais