Uma das heranças da guerra em Angola é a proliferação de armas entre a população civil.
O governo lançou uma campanha para recolha e apreensão dessas armas e agora acabam de ser divulgadas estatísticas que indicam que entre 2008 e 2016 as autoridades recolheram um pouco mais de 199 mil.
O facto foi anunciado, na cidade do Sumbe, pelo coordenador da subcomissão técnica para o desarmamento da população civil, comissário-chefe Paulo de Almeida, para quem o balanço da campanha é "positivo, mas não conclusivo”.
“Temos vindo a constatar que ainda existem armas nas mãos de cidadãos ilegalmente e continuam a matar, a ferir, a criar dor e tristeza," disse.
O comissário-chefe revelou que há muitas armas que vieram depois do fim da guerra.
Paulo de Almeida teceu tais considerações num evento que marcou a passagem do oitavo aniversário do processo de desarmamento da população civil.
Na ocasião, o comandante da polícia local, subcomissário Mário Luís, disse que no Kwanza-Sul foram recolhidas até a data cerca de sete mil armas.
No mesmo período, 35 pessoas foram julgadas por posse ilegal de armas.