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Antigos prisioneiros na Rússia recebidos pela família, Biden e Harris


Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e vice-presidente, Kamala Harris, assistem ao abraço entre a jornalista Alsu Kurmasheva e familiares na Base Andrews, em Maryland, 1 agosto 2024
Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e vice-presidente, Kamala Harris, assistem ao abraço entre a jornalista Alsu Kurmasheva e familiares na Base Andrews, em Maryland, 1 agosto 2024

Três norte-americanos libertos na quinta-feira, 1, pelas autoridades russas chegaram aos Estados Unidos na madrugada desta sexta-feira e foram recebidos na Base Conjunta Andrews, nos arredores de Washington pelos seus familiares e pelo Presidente Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris.

O ex-fuzileiro Paul Whelan e os jornalistas Alsu Kurmasheva e Evan Gershkovich foram recebidos com aplausos à saída do avião que os trouxe de volta para solo norte-americano.

Biden Harris cumprimentaram os americanos libertados com abraços.

“É uma sensação maravilhosa, demorou muito tempo a acontecer”, disse Biden aos jornalistas reunidos na base aérea, acrescentando que “as alianças fazem a diferença.

O histórico acordo de prisioneiros permitiu aos Estados Unidos e aliados garantirem a libertação de 16 presos políticos, incluindo os três americanos e o residente permanente e colunista vencedor do Prémio Pulitzer, Vladimir Kara-Murza, que deve regressar noutro avião aos Estados Unidos.

O acordo garantiu ainda a libertação de cidadãos alemães e prisioneiros políticos russos, incluindo Dieter Voronin, Kevin Lick, Rico Krieger, Patrick Schoebel, Herman Moyzhes, Ilya Yashin, Liliya Chanysheva, Kseniya Fadeyeva, Vadim Ostanin, Andrey Pivovarov, Oleg Orlov e Sasha Skochilenko.

A Rússia, em troca, recebeu oito pessoas.

Esta é a maior troca de prisioneiros entre os Estados Unidos e a Rússia desde a Guerra Fria.

Dos americanos, o detido há mais tempo foi Paul Whelan, um antigo fuzileiro naval dos EUA, preso em Moscovo em 2018 e, em 2020, condenado a 16 anos numa colónia penal por acusações de espionagem que ele e Washington negam.

Os jornalistas Evan Gershkovich, do Wall Street Journal, e Alsu Kurmasheva, Radio Free Europe/Radio Liberty, parceira da Voz da América, foram detidos em 2023 e condenados em julgamentos separados e à porta-fechada a 19 de julho.

Kara-Murza, ativista e colunista do The Washington Post, estava detido desde abril de 2022.

Político e historiador também, ele ganhou um Pulitzer pelas suas cartas escritas na prisão.

Em Moscovo, o Presidente russo, Vladimir Putin, deu as boas-vindas aos prisioneiros libertados afirmando “quero felicitá-los pelo seu regresso à pátria”.

Do lado russo, o Kremlin negociou a libertação de Vadim Krasikov, um russo que cumpria pena de prisão perpétua na Alemanha após a sua condenação em 2019 pelo assassinato de um dissidente checheno em Berlim.

Também foram libertados Artem Viktorovich Dultsev e Anna Valerevna Dultseva, da Eslovénia, Mikhail Valeryevich Mikushin, da Noruega, Pavel Alekseyevich Rubtsov, da Polónia, e Roman Seleznev, Vladislav Klyushin e Vadim Konoshchenock dos Estados Unidos.

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