A transformação da CASA-CE em partido político em Angola está a ser novamente cogitada no seio das formações políticas que compõem a coligação partidária como uma das formas para mitigar a crise pós-eleitoral.
Na sequência do recente descalabro eleitoral, que deixou a organização fora do Parlamento, figuras internas estão a sugerir a retoma da ideia que foi abandonada em 2016.
O líder fundador da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, foi o primeiro a sugerir a fusão que, entretanto, foi a seguir ao congresso constitutivo realizado em 2016.
Depois foi a vez do Tribunal Constitucional indeferir a proposta por alegada “falta de consentimento para a respectiva fusão e dissolução” por parte de três dos quatro partidos coligados desde 2012.
É o caso do PNSA (Partido Nacional de Salvação de Angola), presidido por Sikonda Lulendo Alexandre, e do PP (Partido Pacifico Angolano), dirigido por Felé António e do PALMA (Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana de Alexandre Sebastião André).
Na altura, apenas o Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), do actual líder, Manuel Fernandes, tinha aprovado a fusão e consequente transformação da CASA-CE em partido político.
Em conversa com a VOA, Manuel Fernandes disse que o assunto voltou a estar entre as propostas de saída para a actual crise interna, durante o conselho consultivo realizado na semana passada, em Luanda.
“Não houve consenso, mas o debate continua”, afirmou aquele político que considera a fusão como sendo “uma matéria bastante fracturante'' e que “esteve na base das várias crises que tivemos anteriormente. Vamos reflectir ao nível do Colégio Presidencial e depois vamos apresentar o novo figurino da coligação”.
A CASA-CE foi a terceira força do Parlamento angolano desde 2012.
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