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Angola: Sindicato garante que paralisação dos magistrados tem adesão de 90 por cento


Sede da Procuradoria Geral da República, em Malanje, Angola
Sede da Procuradoria Geral da República, em Malanje, Angola

PGR diz que magistrados não podem fazer greve e que vai tomar medidas.

Mais de 90 por cento dos magistrados do Ministério Público (MP) entraram em greve na sexta-feira, 1, e pretende manter a paralisação até sexta-feira, 4.

No entanto, a Procuradoria Geral da República (PGR) considera a paralisação de ilegal e adverte para possíveis consequências individuais.

O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) disse à Voz da América que a classe exige "uma política salarial adequada e a restauração dos direitos e regalias que têm sido progressivamente eliminadas, como casas de funções, viaturas, um conjunto de subsídios que vão ser retirados e o passaporte diplomático”.

Adelino Fançony explica que a adesão está acima de 90 por cento porque os colegas que continuam trabalhar, são "os que ocupam cargos de chefia e um ou outro que vai sendo ameaçado”.

A PGR, no entanto, tem outro entendimento.

Numa entrevista na semana passada, o porta-voz da PGR considerou a paralisação ilegal, versão reforçada pelo titular do órgão.

"O certo é que os magistrados não podem fazer greve. Os magistrados não estão acima da lei. Se prevaricarem, é certo que teremos de atuar", prometeu, Hélder Pitta Grós.

O SMMP garante que, durante a greve, estão assegurados a fiscalização de celas e lugares de detenção, o encaminhamento de arguidos que careçam de intervenção médica e a atuação em casos que envolvam menores a quem sejam imputados crimes.

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