O "deixa andar" já dura há muito tempo - Mário Tendinha

LUANDA —  “O deixa andar já dura há muito tempo,” disse à Voz da Améric ao escritor Mario Tendinha que recentemente apresentou a sua nova obra “Vento Leste”.




Tendinha advogou na sua entrevista um forte investimento do estado na educação particularmente no ensino primário.

Escritor e artista Tendinha falou da influência do deserto do Namibe na sua personalidade afirmando que vai ao deserto “lavar a alma”.

Para Tendinha o deserto traz “uma paz de espírito, uma visão que me ajuda a criar as minhas obras”.


Mário Tendinha apresentou a sua obra literária intitulada “Vento Leste” no passado dia 19 de Outubro, nas instalações do Instituto Camões, Centro Cultural Português em Luanda. A apresentação esteve a cargo da coreógrafa Ana Clara Guerra Marques.

A obra representa uma selecção de textos escritos ao longo dos anos, acerca das vivências do autor “por esta Angola imensa”, em particular as suas experiências vividas na infância no Namibe, pequenas histórias, da juventude, da família, que no conjunto são a sua história de vida, “amarras e pontes para os seus descendentes, para que não se percam as suas raízes”. Tendo a sua família espalhada pelo mundo, quer deixar um testemunho para os seus netos, a quem dedica o livro

“Pequenas histórias da juventude, da família espalhada pelo mundo, quero deixar um testemunho para os netos, a quem dedico o livro”, disse.

“Vento Leste” é também o historial das experiências de Mário Tendinha enquanto artista plástico, as exposições, a sua obra pictórica e ainda outros textos acerca do seu trabalho, visto sob outro prisma, o da linguagem escrita.

O livro “Vento Leste” insere-se no projecto da exposição “Através das Portas”, inaugurada no Centro Cultural Português no passado dia 27 de Setembro e patente ao público até ao próximo dia 19 de Outubro.