Links de Acesso

Angola Fala Só - Tunga Alberto: "Estamos entregues a nós próprios "


Tunga Alberto
Tunga Alberto

Activista diz que os angolanos devem defender lutar pelo respeito pelos direitos humanos.

3 Jul 2015 AFS - Tunga Alberto: "Estamos entregues a nós próprios"
please wait

No media source currently available

0:00 1:00:00 0:00

Estamos entregues a nós próprios, foi a mensagem dada pelo secretário executivo do Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos de Angola, Tunga Alberto, no programa “Angola Fala Só”, da VOA.

O activista dos direitos humanos disse que os angolanos devem abandonar a ideia de que países estrangeiros ou organizações internacionais irão fazer algo pelo respeito dos direitos humanos.

“Neste momento estamos entregues a nós próprios e não devemos esperar por ninguém para fazer respeitar os nossos direitos”, disse Tunga Alberto, para quem os cidadãos angolanos devem “mobilizar-se” para reivindicar e fazer respeitar os seus direitos.

“Precisamos de defender os direitos humanos a partir das nossas famílias e bairros”, disse, acrescentando que os angolanos devem criar “células de defesa dos direitos humanos”.

Para Tunga Alberto, as famílias “devem discutir a situação do país e como fazer respeitar os direitos humanos”

“É preciso quebrar o medo, é preciso quebrar o silêncio”, afirmou, lembrando que os direitos humanos serão respeitados quando os angolanos “ganharem consciência” dos seus direitos.

O dirigente do Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos disse que há a necessidade de se traduzir a constituição e as cartas de direitos humanos para as línguas nacionais.

Tunga alberto abordou ainda a situação de Cabinda e das Lundas onde existem movimentos que defendem a autonomia, mas alertou que os problemas de pobreza não existem apenas naquelas províncias.

“As assimetrias não existem só em relação a Cabinda e Lundas”, lembrou e defendeu que aquelas duas províncias devem centrar-se na luta pelo respeito dos direitos humanos.

Interrogado por um ouvinte da Lunda Norte, Tunga Alberto disse que “o que se passa nas Lundas não foi entendido pelo governo angolano”, porque “a constituição não contraria a autonomia".

XS
SM
MD
LG