Um relatório do grupo parlamentar do MPLA revela que 12 pessoas morrem em média por dia em resultado de acidentes de viação em Angola.
A oposição culpa o Governo por incapacidade de combater a corrupção no seio da polícia que propicia a condução desregrada.
O relatório apresentado hoje, 30, para debate na Assembleia Nacional, sobre a sinistralidade rodoviária em Angola dá conta que os acidentes de viação continuam a ser a segunda causa da morte no país , depois da malária.
O documento aponta que em 2013 morreram mais de 4 mil cidadãos em resultado de mais de 17 mil acidentes e que só no primeiro semestre deste ano já perderam a vida cerca de duas mil, à razão de 5 mortes por dia.
Em 2013 ficaram feridos mais de 16 mil cidadãos à razão de 44 por dia. No primeiro semestre deste ano o relatório revela que mais de oito mil cidadãos ficaram feridos devido a acidades.
O chefe da bancada parlamentar do Partido da Revonação Social (PRS) Benedito Daniel disse que as causas da sinistralidade estão devidamente identificadas, mas que não constam do relatório elaborado pelos deputados do MPLA.
“Cidadãos de nacionalidade chinesa conduzem com uma declaração da Casa Militar em substituição da carta militar”, acusou.
Leonel Gomes, da Casa-CE, também acusou o Governo de não ser capaz de conter o fenómeno de suborno reinante na Polícia de Trânsito que permite que cidadãos inabilitados conduzam viaturas a troco de dinheiro.
Também a Unita , na voz da deputada Clarice Caputo, considera que o Governo nada tem estado a fazer para reduzir a sinistralidade nas estradas.
Angola ocupa a quinta posição entre os países com maiores índices de sinistralidade rodoviária ao nível da Comunidade dos Países da África Austral(SADC=, superada apenas pelo Lesotho, África do Sul, Namíbia e Zâmbia.