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Africanos no Brasil: jovem guineense trabalha para fazer a diferença no seu país de origem


Siradjo Biague, empreendedor de turismo
Siradjo Biague, empreendedor de turismo

Depois de se formar em enfermagem no Marrocos em 2014 e trabalhar dois anos na área de saúde, o guineense Siradjo Biague decidiu que queria ser um empresário. Foi atrás do seu sonho e se mudou para o Brasil. Quatro anos se passaram e agora ele é um empreendedor de turismo prestes a concluir o seu curso de administração geral na Faculdade Municipal de Palhoça, Santa Catarina.

Em entrevista à Voz da América, Biague falou sobre a experiência de estudar em uma universidade brasileira e como obter bolsas de estudo para guineenses. Abordou a ação social organizada recentemente por guineenses no Brasil para angariar fundos destinados a ajudar pessoas com dificuldades financeiras causadas pelo coronavírus na Guiné-Bissau. Também comentou o projeto de trabalho voluntário de brasileiros na Guiné-Bissau que ele está organizando.

Jovem guineense comenta a experiência e as oportunidades de estudar no Brasil
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Sobre bolsas de estudo disponíveis para guineenses, Biague explicou que a Universidade Guiné-Bissau Brasil Holanda (UGBH) tem um convênio com a Faculdade Municipal de Palhoça, Brasil, com uma universidade na Holanda e agora também com universidades em Portugal. Até o momento, três grupos de estudantes guineenses já foram estudar no Brasil. A entrada não é automática, pois os alunos interessados precisam fazer uma prova.

Para os estudantes que chegam ao Brasil, um dos desafios que enfrentam está relacionado com as novas tecnologias e softwares. No entanto, Biague explicou que isso é superado após os primeiros semestres. Um ponto positivo para os estudantes africanos é que já existe uma regulamentação no Brasil que permite que eles façam estágios remunerados ou trabalhem no país.

Trabalho voluntário

Siradjo Biague está com um projeto de levar médicos, enfermeiros e especialistas brasileiros para fazerem trabalho voluntário na Guiné-Bissau. A pandemia do coronavírus interferiu nos planos, mas quando a situação melhorar o projeto será levado a cabo. A ideia é que os profissionais fiquem duas semanas no país.

Angariação de fundos

Biague contou que recentemente a Associação dos Estudantes Africanos de Santa Catarina (Florianópolis), organizou uma ação para angariar fundos destinados a ajudar pessoas com dificuldades financeiras causadas pelo coronavírus na Guiné-Bissau. Ele contou que a associação conseguiu arrecadar 2300 euros e que 250 pessoas serão ajudadas com cestas básicas através de organizações já estabelecidas na Guiné-Bissau.

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