Na África do Sul, a guerra contra os imigrantes ilegais intensifica-se envolvendo agentes da polícia e militares. esta sexta-feira foram detidos mais de 400 imigrantes que viviam em edifícios abandonados na cidade de Joanesburgo.
A guerra foi desencadeada logo depois da onda da violência que oficialmente matou sete pessoas e desalojou mais de cinco mil outras nas províncias de Gauteng e Kwazulu-Natal.
Na corrida contra o tempo para sua legalização, centenas de moçambicanos estão a ser burlados nas esquadras da Policia sul-africana com promessas de obtenção de documentos ou seja o famoso ID que lhe permitam viver legalmente na África do Sul, mesmo sem emprego formal na economia mais industrializada do continente africano.
Mas oficiais da Policia e do Ministério sul-africano dos assuntos internos dizem desconhecer o processo de legalização dos imigrantes moçambicanos.
Entretanto, Moçambique, segundo os principais canais de televisão sul-africana, é o único pais que está a boicotar a feira internacional de turismo, considerada a maior de África e terceira a nível mundial.
A feira nA cidade de Durban, na qual são esperados mais de 10 mil visitantes, abre amanhã as suas portas até segunda-feira.
A televisão publica sul-africana SABC e o canal privado ENCA tem estado a reportar desde a manhã desta sexta-feira que Moçambique decidiu faltar à feira alegando problemas de segurança na sequência da violência contra imigrantes africanos.
Mas fontes da embaixada de Moçambique em Pretoria desmentiram as alegações dizendo que apenas o Ministro do Turismo não pode estar na feira, devido a problemas de agenda.
A cidade de Durban é considerada a terceira mais violenta da África do Sul e foi o epicentro da violência contra imigrantes africanos.