O advogado do dirigente do Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe, José Mateus Zecamutchima, está a tentar impugnar junto das autoridades a prorrogação por dois meses da prisão preventiva deste dirigente.
Zecmutchina foi preso a 8 de Fevereiro na sequência de confrontos no Cafunfo, Lunda Norte, após a convocação de uma manifestação por aquele movimento.
As autoridades disseram que se registou um ataque de elementos armados a uma esquadra algo negado pelos manifestantes.
Um número desconhecido de pessoas morreram em confrontos no Cafunfo.
Zecamutchima é apontado pelas autoridades como cabecilha deste alegado “acto de rebelião”.
Para o advogado Salvador Freire a justificação pela prorrogação da prisão de Zecamutchina "demonstra claramente que há denegação de justiça”.
“Não se pode prender para investigar”, disse.
O causídico disse já ter recorrido a esta decisão, junto da Procuradoria Geral da República na província da Lunda Norte:
“Remetemos um requerimento junto do ministério público a impugnar esta decisão até porque os prazos de prisão preventiva (autorizados pela lei) já venceram faz tempo” disse.
Salvador Freire diz temer pela vida de José Mateus Zecamutchima que, segundo disse, se encontra em péssimo estado de saúde.